Como a Hiperautomação impulsiona a Transformação Circular

A hiperautomação é uma das tendências de tecnologia e estratégia mais interessantes dos últimos anos. Ela é capaz de se posicionar consistentemente no topo dos gráficos do Gartner e influenciar positivamente, além das questões de eficiência operacional, a transição para modelos econômicos sustentáveis.

Hiperautomação, a Abordagem Moderna para a Automação de Processos

Em primeiro lugar, a hiperautomação é uma abordagem, e não uma tecnologia como RPA (Robotic Process Automation) ou Generative AI. Ela surge da necessidade de responder aos desafios do mercado por meio de uma abordagem sistêmica e de alto nível para a automação de processos, aproveitando toda a evolução tecnológica da última década e impulsionando-a para novos níveis de eficiência operacional e colaboração, tanto dentro quanto fora da empresa.

No universo corporativo, a hiperautomação é agora um conceito amplamente difundido que apoia a evolução dos negócios em direção a um paradigma orientado por dados. Os analistas estimam que o mercado crescerá a uma taxa anual composta de 19,8% até 2028, demonstrando um profundo interesse nesse fenômeno.

A hiperautomação orquestra e pode contar com um conjunto de ferramentas tecnológicas avançadas, incluindo componentes como RPA, IPA (Automação Inteligente de Processos), plataformas de integração iPaaS (Plataforma de Integração como Serviço) e plataformas de desenvolvimento low code/no code, sendo estas últimas cruciais para acelerar o tempo de lançamento das soluções de automação no mercado. O objetivo final é "automatizar o maior número possível de processos de negócios e de TI (Gartner)", concentrando-se na sinergia dos componentes tecnológicos, no conhecimento interno de domínio da empresa e no conhecimento tecnológico do parceiro envolvido no projeto e na implementação da solução.

Hiperautomação e Modelos de Negócios Modernos e Sustentáveis 

O conceito de hiperautomação nasceu com o objetivo de ajudar as grandes empresas a buscar a máxima eficiência operacional e superar os desafios dos mercados em que operam. Adotar essa abordagem significa, antes de mais nada, reduzir os tempos dos processos, racionalizar os custos e oferecer melhores experiências aos clientes e funcionários.
Graças à automação, as pessoas podem se concentrar em atividades menos repetitivas e estressantes, bem como naquelas com maior valor agregado.

De uma perspectiva mais ampla, a hiperautomação de processos leva à redução de ineficiências e desperdícios e, por esse motivo, deve ser considerada um facilitador da transformação em direção a modelos de negócios sustentáveis e circulares.

Em primeiro lugar, por meio da hiperautomação, as empresas podem otimizar seus processos de produção, reduzindo o desperdício de material e energia e empregando de forma eficaz os recursos humanos, que podem ser liberados das tarefas mais repetitivas e de menor valor agregado. O efeito pode ser significativo não apenas em termos de produtividade, ou seja, tempos e custos, mas também em termos de sustentabilidade ambiental, considerando que a manufatura é responsável por 2/3 das emissões globais de gases de efeito estufa.

A otimização e a automação (inteligente) dos processos levam a outros efeitos, que também correspondem às dores específicas do setor de manufatura, como a redução dos defeitos dos produtos e a extensão de seu ciclo de vida. Esses resultados são perfeitamente compatíveis com o paradigma da economia circular. Por fim, em relação ao ciclo de vida, a hiperautomação pode ser adotada no design do produto e também no controle de qualidade, possivelmente em combinação com tecnologias avançadas de visão computacional.

Otimizando a Cadeia de Suprimentos com a Hiperautomação

A hiperautomação é mais valiosa em cadeias de suprimentos complexas e extensas, cujos desafios de gerenciamento dizem respeito à transparência, mas também à interconexão com parceiros da cadeia de suprimentos, colaboração, velocidade, compartilhamento de documentos e flexibilidade de processos.

Um modelo econômico circular não pode se materializar sem processos colaborativos rápidos, ágeis, livres de erros e transparentes, e é exatamente nesse ponto que a caixa de ferramentas da hiperautomação pode fazer a diferença. Ao conectar rapidamente sistemas heterogêneos, automatizar áreas de processos repetitivos e criar aplicativos ad-hoc, possivelmente imbuídos de Inteligência Artificial, as empresas podem estimular a colaboração e o compartilhamento de informações. Além disso, o uso de plataformas low code e no code torna qualquer solução muito flexível, permitindo um rápido ajuste às novas necessidades do mercado e de seus parceiros.

Dessa forma, a adoção de uma abordagem de hiperautomação nos processos da cadeia de suprimentos cria um terreno fértil para o desenvolvimento de modelos de negócios modernos, lucrativos e sustentáveis, capazes de apoiar a evolução corporativa atual e futura.

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