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Como a servitização possibilita a sustentabilidade lucrativa
Março 1, 2024 •Avvale
Entre as várias definições de servitização, uma descrição particularmente adequada a retrata como um profundo processo de transformação dos negócios. Precisamente, por meio da servitização, uma organização muda de um modelo e de uma lógica de negócios centrados em produtos para uma abordagem focada em serviços. O conceito fundamental envolve a oferta de uma combinação de produtos e serviços, conhecidos como Sistemas de Serviços de Produtos (PSS), com uma fórmula de pagamento recorrente, normalmente baseada no uso (pagamento por uso).
Os exemplos vencedores de servitização abrangem todos os setores. Por exemplo, a Rolls-Royce Aerospace fornece seus motores para companhias aéreas com um modelo de custo recorrente baseado no uso. A servitização também se aplica a serviços gerenciados de impressão usados por muitos escritórios, compartilhamento de carros, mercado de dispositivos médicos como serviço, luz como serviço, refrigeração como serviço e várias outras adaptações. O que é certo é que a servitização modifica a proposta de valor de muitas empresas, bem como o processo de geração de valor.
Servitização e o conceito de sustentabilidade lucrativa
Diz-se que a servitização abre caminho para a sustentabilidade lucrativa. Para entender sua essência, pode-se começar com o conceito de que uma empresa é sustentável se buscar simultaneamente um resultado final triplo:
- crescimento econômico;
- sustentabilidade ambiental;
- bem-estar social.
O grande interesse na servitização decorre de sua capacidade "inerente" de equilibrar todos os três interesses fundamentais dos sistemas econômicos modernos.
Os pilares do produto como serviço: recursividade e pagamento pelo uso
A geração de lucros é essencial para uma organização voltada para o lucro, e a servitização já provou que cumpre essa promessa em vários contextos. Em primeiro lugar, sob a perspectiva da diferenciação em relação aos concorrentes, mas também porque o modelo como serviço expande significativamente o conjunto de compradores potenciais nos setores de consumo e B2B. Por fim, a servitização gera um fluxo de receita contínuo durante todo o ciclo de vida do produto, estabilizando a renda e fortalecendo a posição financeira da empresa.
Impacto positivo no meio ambiente e na sociedade
Conforme previsto, a servitização possibilita um círculo virtuoso no qual a sustentabilidade econômica é acompanhada por um impacto positivo no meio ambiente - um fator cada vez mais estratégico para a competitividade de qualquer empresa. A servitização amplia o ciclo de vida do produto ao fornecer serviços contínuos de manutenção, reparo e reforma. O modelo de pagamento por uso tem o efeito benéfico de incentivar a utilização correta pelo usuário, resultando em uma vantagem tripla de redução:
- custos;
- desperdício;
- impacto ambiental.
Além disso, o modelo incentiva o produtor (e também o prestador de serviços) a criar produtos com um ciclo de vida muito longo para permanecer no mercado, gerando lucro pelo maior tempo possível.
Os dados de suporte também estão disponíveis quando isso evolui para um modelo compartilhado, como o compartilhamento de carros. Cada carro introduzido no sistema pode substituir entre 9 e 15 veículos particulares, reduzindo significativamente o impacto ambiental geral. Igualmente relevante é o aspecto social, pois a servitização reduz ou elimina os investimentos de capital (CapEx), transformando-os em despesas recorrentes, tornando os produtos e serviços acessíveis a um número cada vez maior de pessoas e empresas, promovendo a evolução social e econômica.
Servitização como um pilar da economia circular
De acordo com o Parlamento Europeu, a economia circular é um "modelo de produção e consumo que envolve o compartilhamento, o empréstimo, a reutilização, o reparo, a reforma e a reciclagem de materiais e produtos existentes pelo maior tempo possível". Dada essa definição, a conexão entre a servitização e a economia circular é clara: a mudança de um modelo baseado na produção e venda de produtos para um modelo centrado na prestação de serviços pode contribuir significativamente para estender a vida útil dos bens.
Nesse contexto, o prestador de serviços deve manter a propriedade do ativo. De acordo com o Fórum Econômico Mundial, "manter a propriedade do equipamento incentiva os prestadores de serviços a repensar o desenvolvimento de sistemas modulares, o que é essencial para uma economia circular". Em outras palavras, mais solene, mas impactante, a servitização poderia nos ajudar a proteger nosso planeta.